O papel dos profissionais de marketing político em mandatos e campanhas eleitorais foi um dos temas centrais do segundo dia do Compol 2025, dentro da programação do Summit Cidades. Nos três palcos simultâneos, painelistas conduziram o público a reflexões sobre carreira, atuação estratégica e os desafios da era digital.
Idealizador da plataforma de cursos Eleja.se, Emerson Saraiva lançou, no Palco Compol 1, o movimento pelo fim do que chama de “transmarketeiros”, profissionais que atuam de forma superficial e acabam perdendo espaço no mercado. “Precisamos valorizar quem está nesse setor, incentivar a qualificação e garantir a devida apropriação dos nossos espaços de atuação”, afirmou.
A principal provocação de Saraiva veio ao perguntar ao público: “O que você seria capaz de fazer para ser quem você é?”, destacando que a qualificação também exige enfrentamento de desafios internos.
Já Mário Rosa, autor de quatro livros sobre gerenciamento de crises e com experiência ao lado de estrategistas como Duda Mendonça, Geraldo Walter e João Santana, defendeu que profissionais da área “não são magos”. “Os grandes profissionais impactam campanhas, mas é perigoso auto referenciar o papel de salvadores ou donos da solução”, alertou. Rosa também criticou a ideia de que apenas campanhas vencedoras são exemplos de sucesso, lembrando que campanhas derrotadas também oferecem aprendizados valiosos.
O Compol é realizado pela Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese), em parceria com as agências NinaLab e BN3.