Em uma reunião técnica realizada nesta quarta-feira (4), convocada pelo deputado Max Maciel (Psol), a Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) abordou a atualização do Plano Diretor de Transporte Urbano do Distrito Federal (PDTU-DF). O encontro contou com a participação de representantes do Laboratório de Transportes e Logísticas (LabTrans/UFSC) que, em parceria com a Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese), tem contribuído significativamente para o desenvolvimento do novo estudo técnico.
A atualização do PDTU-DF visa enfrentar os desafios crescentes relacionados aos engarrafamentos e ao uso excessivo de veículos particulares na Capital Federal. Durante a reunião, foram destacadas questões como a falta de acessibilidade nas calçadas e a necessidade de melhorias nas estruturas dos abrigos de ônibus.
O PDTU-DF, regulamentado pela Lei Distrital nº 4.566/2011, é um instrumento essencial para o planejamento e gestão do transporte urbano. O novo estudo técnico, desenvolvido em parceria entre a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), a Fepese e o LabTrans, inclui uma análise detalhada sobre o crescimento do número de veículos particulares, que aumentou 62% entre 2010 e 2022, em contraste com o crescimento populacional de 10%.
Segundo Vitor Caldera, representante do LabTrans, a atualização do PDTU-DF é crucial para promover uma mudança cultural na mobilidade urbana, especialmente devido à alta dependência de transporte individual. Fernanda Beckhauser, também do LabTrans, destacou que o estudo abrange todas as 35 Regiões Administrativas do DF e sua relação com os municípios da RIDE/DF, com etapas previstas como audiências públicas e a produção de relatórios de prognóstico.
A reunião reforçou a importância de envolver a população nas discussões sobre mobilidade e considerar a descentralização das oportunidades de emprego, conforme sugerido pela deputada Paula Belmonte (Cidadania). O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, também ressaltou os desafios de operar o transporte público em um território extenso como o DF, enfatizando a necessidade de investimentos eficientes e a manutenção dos custos baixos para os usuários.
O relatório final do estudo está previsto para julho de 2025 e servirá como base para a atualização da legislação de 2011.
